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CEFET-MG

Netiqueta: a relação professor-aluno como foco no ensino pela internet

Segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A pandemia chegou e com ela inseguranças e incertezas quanto àquilo que nós tínhamos de mais seguro. Na Educação não foi diferente. Há mais de 200 anos, o modelo de ensino tradicional seguia o que conhecemos hoje ou, pelo menos, o que conhecíamos de forma dominante antes da chegada do novo coronavírus: aulas presenciais e salas organizadas com alunos em filas paralelas mesmo com o ensino a distância (EaD) sendo a modalidade que mais crescia antes da COVID-19, segundo dados do censo realizado em 2019 pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).

Embora tenha aproximações com a EaD, como o uso das tecnologias digitais, o Ensino Remoto Emergencial (ERE) Para Adélia, deixar os estudantes confortáveis, definir regras e estratégias, fazer um contrato pedagógico e, claro, manter uma boa conversa são caminhos para se manter a boa convivência no ambiente virtual. Para os alunos, é preciso estimulá-los a processos de autoavaliação, compreendendo a importância e a responsabilidade da aprendizagem ativa.

Ensinamentos

“A pandemia deixará muitos aprendizados – bons e ruins. Mas, talvez, uma das boas lições que possamos registrar seja a interferência nos projetos de futuro da educação”, vislumbra Maria Adélia. Para a professora, um caminho sem volta após a pandemia é a inserção das tecnologias digitais nos cursos presenciais.

No CEFET-MG, mais especificamente, com os professores se habituando ao ensino on-line, o futuro aponta para um currículo integrado na Educação Profissional Tecnológica de Nível Médio (EPTNM), proporcionando o desenvolvimento de projetos interdisciplinares em todos os campi.

Márcia complementa que o CEFET-MG já oferta três cursos a distância há mais de dez anos e, atualmente, com dez polos, o que mostra uma tendência de crescimento na oferta de vagas para cursos ofertados a distância, além da incorporação das tecnologias digitais aos poucos nas rotinas das práticas pedagógicas.

Boas práticas no ERE

“O uso de plataformas específicas tem possibilitado muita interação com os alunos. Criei subgruposno Microsoft Teams*, passei as atividades e fui conversando individualmente. Com o Jamboard*, eles puderam colocar as discussões das aulas no quadro e visualizar o conteúdo. Essas ferramentas no aproximam dos alunos porque, estando em uma chamada única, ficamos sem noção se eles estão acompanhando e entendendo o conteúdo. A dinâmica foi interessante para que eu compreendesse a sala e como estou chegando até eles.”

* Microsoft Teams integração de chat, chamada de vídeo, compartilhamento e arquivo de dados e Jambord, quadro a ser preenchido de forma colaborativa

Ana Cecília Estevão – professora do Departamento de Engenharia Civil e Meio Ambiente (campus Curvelo)

 

“Em uma das experiências, os alunos do curso técnico em Química foram desafiados a elaborar um procedimento operacional padrão (POP) em que, normalmente, descreveriam uma técnica básica executada dentro do laboratório. No ERE, foram desafiados a preparar um café em casa e descrever, com detalhes e rigor técnico, o procedimento cotidiano de extração e filtração. A proposta busca explorar os recursos domésticos para desenvolver habilidades técnicas da área de Química, mesmo longe dos laboratórios”.

Janice Rocha – professora do Departamento de Química (BH)

 

Entenda: Ensino a Distância e Ensino Remoto Emergencial

Legislação
EaD: Lei de Diretrizes e Bases da Educação (nº 9.394/96, art. 80)
ERE: não é regulamentado por Lei por ser uma medida emergencial

Dinâmica de ensino
EaD: mediação entre o professor e o aluno feita por um tutor
ERE: professor é o único responsável pela aprendizagem do aluno

Público
EaD: organizada para alunos adultos que tenham autonomia e disciplina
ERE: mais abrangente quanto ao público

Ensino
EaD: material é “depositado” em ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e disponibilizado conforme cronograma
ERE: mescla atividades síncronas (professores e alunos conectados em tempo real), assíncronas (professor “deposita” o material no ambiente virtual) e assíncronas interativas (material é “depositado” em plataformas específicas)

 

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