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CEFET-MG

Metalinguagem, criação livre e cultura brasileira em pauta

Terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Passada a euforia com o sucesso do Sarau temático 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, desenvolvido pela Área de Linguagens, os discentes do primeiro ano se engajaram na apresentação dos trabalhos finais de Artes. A proposta para a turma de Mecatrônica aconteceu em parceria com a disciplina de História, ministrada pelo professor Carlos Rocha, conhecido como Guity. Dessa forma, os alunos, divididos em grupos, apresentaram performances cênicas norteadas pela temática do período colonial no Brasil. Segundo o professor, “realizar a atividade em conjunto com a disciplina de Artes foi fundamental para que todo o processo fosse mais significativo para as alunas e alunos. Acredito que ações como essas mostram como o conhecimento escolar é construído, pela troca e pela experiência. E em todo processo as alunas e alunos foram os agentes principais, podendo se expressar e criar”.

Carlos Rocha ressalta ainda que “a proposta de criar pequenas esquetes contempla diversos pontos fundamentais do ensino de História. O principal, acredito, é pensar o aprendizado da disciplina não apenas como recepção de fatos e processos sobre o passado, mas a capacidade de criar narrativas e gerar percepções sobre a experiência humana no tempo. Assim, os estudantes são estimulados a pensar a história a partir do ponto de vista das pessoas que vivenciaram os contextos que estudamos”.

Segundo o aluno de Mecatrônica, João Paulo Lopes, “o pessoal considerou uma ótima ideia. Foi uma metodologia muito boa, não só para ajudar na compreensão da matéria, mas também para entender a contextualização no tempo e espaço. Essa performance cênica nos ajudou a conhecer nossos colegas que se dizem tímidos, mas que se saíram muito bem atuando”. A apresentação aconteceu no dia 29 de novembro.

Pautados pela música

            As turmas de Edificações e de Informática tiveram um desafio diferente: escolher uma música brasileira e fazer uma livre criação (dança, performance cênica, arranjo musical, desenho ou produção audiovisual). A professora Maristela Rocha apresentou às turmas várias sugestões, mas deixou que os alunos também expusessem seus gostos. Dessa forma, Eduardo e Monica, da banda Legião Urbana, inspirou a encenação da turma de Edificações, que apresentou a peça para os colegas no dia 25 de novembro.

            “Ter feito a peça junto com meus colegas foi uma experiência muito boa, julgo que foi no momento certo porque gerou uma grande descontração. Era exatamente o que precisávamos por estarmos no menor bimestre do ano com muitas pendências em relação a trabalhos e provas”, ressaltou a diretora da peça, aluna do curso de Edificações, Alice Scotini Nogueira.

          Já os discentes de Informática fizeram vários grupos com opções diferentes, apresentando as modalidades desenho, produção audiovisual, performance cênica, produção literária e dança no dia 30 de novembro, no auditório do CEFET, Varginha. Epitáfio, dos Titãs, foi uma das canções elencadas: a equipe criou uma dramatização ambientada em um bar e interpretou a música. João Vitor Vieira, violonista do grupo, explica que ama o repertório brasileiro, independente da época de criação; além de ser riquíssimo, pois “há influência de todo tipo de gênero musical no país, isso sem falar dos genuínos como samba, MPB, bossa-nova, dentre outros”. Sobre Epitáfio, ele explica que “nos leva a reflexões sobre arrependimentos por não aproveitarmos os bons momentos, por isso fizemos a encenação de um encontro de amigos “chorosos” em uma mesa de bar”.

            Para a modalidade de desenhos e colagens, alunos de Informática escolheram Exagerado (de Cazuza), Eu Feat.você (Banda Melim), Assim os dias passarão (Almir Sater e Renato Teixeira), Tempos Modernos (Lulu Santos) e Cabelo Arco Íris (Kamaitachi). Outros apostaram em várias linguagens para o mesmo trabalho, como Que país é este (Legião Urbana), cujo grupo apresentou interpretação musical, desenhos e declamação. Já a música O sol e a lua (Antonio Pinto e Taciana Barros) inspirou uma produção literária e uma encenação. As produções em vídeos foram motivadas pelas músicas Canção Infantil (MC Cesar) e Construção (Chico Buarque). Houve também uma apresentação acadêmica sobre Cachimbo da Paz (Gabriel, o Pensador); e uma criação coreográfica, embalada por Gloria Groove, encerrou a manhã de apresentações no dia 30 de novembro.

Eduardo e Monica inspirou a peça homônima da turma de Edificações


Alunos de Mecatrônica aproveitaram a temática do período colonial brasileiro


Cena ambientada no Brasil do período colonial

Esquetes movimentaram também a área externa do CEFET

                  Criação de Maria Luiza Carvalho inspirada em  Eu Feat.você

A “cantoria” empolgou o público interno no auditório com a livre criação cênica e a interpretação da música Epitáfio.

Responsável pela notícia: Maristela Rocha.